O Museu do Carro Eléctrico do Porto está profundamente ligado à história da cidade, à sua industrialização e urbanização ribeirinha, mas também à democratização do seu espaço urbano, por via da popularização do transporte público.
  O edifício que o alberga possui uma curiosa tipologia industrial, de matriz oitocentista (aqui construída no início do século XX), que nos remete para o imaginário dos Hangares fabris, dos Mercados em Ferro, dos Palácios de Cristal, ou das Passagens Urbanas, que o filósofo Walter Benjamin tão bem descreveu a propósito da Paris do Século XIX.
  Nas últimas três décadas, e face a fenómenos de desindustrialização, várias cidades europeias vêm retomando estes espaços como palco ou como referência das suas manifestações culturais.
  Alguns dos mais interessantes Museus e Centros Culturais contemporâneos aproveitam ou evocam as qualidades espaciais destes Hangares, tirando partido da sua presença urbana e abrindo-se a uma utilização mais plural, ecuménica e democrática.
  No mesmo sentido, o presente projecto procura reforçar o impacto e o uso público do Museu do Carro Eléctrico, propondo uma melhor integração do seu espaço museológico no espaço da cidade, nomeadamente na frente ribeirinha, e na rede de “Caminhos do Romântico”. Nesta perspectiva, o Museu poderá reforçar a sua centralidade nos “trilhos” da cidade.

Em 2010, foi 2ª classificado no Concurso Internacional para a Requalificação do Edifício do Museu do Carro Eléctrico, no Porto.







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